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Comunidades na linha da frente e grupos de direitos humanos em todo o mundo têm solicitado, em vão, ao Comité Olímpico Internacional que transfira os Jogos – Agora, solicitamos aos governos que boicotem o evento para garantir que não apoiam os abusos sobre os direitos humanos na China.

Por que estamos a apelar a #NaoPequim2022? #NoBeijing2022

Um dos Piores Abusadores de Direitos Humanos do Mundo

A repressão implacável da China sobre toda a China, Tibete, Turquestão Oriental, Mongólia do Sul e Hong Kong foi aprofundada sob a liderança do presidente Xi Jinping.

  • O Tibete tem as restrições mais rígidas do mundo e é utilizado desde há muito tempo como laboratório de repressão por parte da China; um lugar onde as autoridades chinesas testaram e tentaram aperfeiçoar sistemas de vigilância e controlo em massa – e criar o estado policial definitivo.
  • Eles não permitem que os tibetanos saiam. Não lhes dão passaportes. Eles perseguem e prendem, torturam e matam, e até disparam contra pessoas tibetanas quando tentam escapar. Eles punem as famílias e as comunidades deixadas para trás.
  • Milhões de pessoas uigures e muçulmanas turcas são arbitrariamente detidas em enormes “campos de reeducação”, obrigadas a suportar trabalhos forçados, tratamento desumano e doutrinação política. As autoridades chinesas estão a realizar esterilizações forçadas em mulheres numa aparente campanha para conter o crescimento da população de uigures muçulmanos.
  • Em Hong Kong, o governo chinês desencadeou uma repressão brutal contra as liberdades e a democracia. Vários activistas pró-democracia foram presos, incluindo Joshua Wong e 12 jovens habitantes de Hong Kong – com idades entre os 16 e os 33 anos – acusados ​​de tentativa de fuga.
  • A cultura e a língua da Mongólia do Sul estão sob ataque e as crianças estão a ser privadas do direito de falar na sua língua materna, à medida que o governo chinês intensifica a sua repressão sobre toda e qualquer diferença cultural.

Pessoas de todas as classes sociais estão a ser visadas pela repressão da China; defensor@s dos direitos humanos, jornalistas, activistas ambientais, estudantes, médic@s e advogad@s.

Outra Medalha de Ouro por Abusos sobre os Direitos Humanos

Antes dos Jogos de Pequim de 2008, o COI disse-nos que poderemos observar grandes mudanças ao nível dos direitos das pessoas que vivem sob o domínio da China. A realidade não poderia estar mais longe da verdade.

Em 2008, seria difícil imaginar como a situação poderia piorar.

Mas foi exatamente isso o que aconteceu.

Em vez de agir como um catalisador para uma mudança positiva, permitir que a China seja o palco de outras Olimpíadas apenas legitimará ainda mais a actual repressão e servirá para a  parabenizar pela crise dos direitos humanos.

Ao prosseguir com Pequim 2022 – apesar das consequências bem conhecidas e prejudiciais de o fazer – o COI está a enviar uma mensagem clara de que está disposto a ignorar o actual clima de repressão. Com uma mensagem de ‘negócios como de costume”, a China continua a violar os direitos humanos, sem quaisquer consequências.

A China Não Cumpriu Promessas

Jacobin The Ongoing Persecution of China's Uyghurs - Creator- Elizabeth Mahony

Uma das principais formas pelas quais o IOC justificou a sua decisão de conceder a Pequim os Jogos de 2008 foi alegando que os direitos humanos sofreriam uma melhoria. Na realidade, aconteceu exatamente o oposto.

Durante os Jogos de 2008, as autoridades chinesas violaram repetidamente os próprios direitos humanos que se comprometeram a defender para ganhar o direito de albergar o evento, inclusive censurando os meios de comunicação e a internet, prendendo jornalistas arbitrariamente e abusando dos direitos dos trabalhadores.

Agora, passados mais de 14 anos, a situação dos direitos humanos no país não poderia ser pior e o COI está novamente a fazer a falsa alegação de que os Jogos vão funcionar como um catalisador para melhorias nos direitos humanos; repetindo os mesmos erros cometidos em 2008.

A China está a dizer o mesmo. O Comité Olímpico de Pequim prometeu que os Jogos de 2022 serão “abertos” e “inclusivos” e criarão um “mundo harmonioso”. Certamente, o facto da China continuar a prender mais jornalistas do que qualquer outro país do mundo torna difícil entender exactamente como é que esses Jogos serão caracterizados por um espírito de ‘abertura’.